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OMI (2022)
omi
para os iorubás “omi” significa água. nós cultuamos uma divindade que é o próprio rio. nós cultuamos o mar. insistimos em saudar omi, diante dessas florestas de memórias devastadas. omi tutu, água-oração que ameniza a dor, penetra e germina as sementes do amanhã. omi, meu corpo rebentação ao dar a luz. água dourada indo ao encontro de sua face azulada, oceano. danço como afluente que não se desertifica diante das estruturas genocidas, racistas, ecocidas. presentifico o ventre de iyá, a fenda sempre líquida que a tudo regenera. água-mãe incontrolável que resiste a dor inescapável da experiência colonial.
à convite do Cerco Coreográfico (São Paulo)
performance e criação - inaê moreira
vídeo e edição - joão calixto
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